Corria o ano de 2012, para mim o segundo ano da faculdade. Ao mesmo tempo, José Manuel Barreto voltava aos discos com "Fados".Falar neste fadista, é falar na alma e na história do Fado que nos define enquanto povo, que nos representa além fronteiras. O Fado é nosso, é a nossa essência, e eu, felizmente, cresci rodeada de discos deste estilo musical. Guardo carinhosamente nas minhas memórias de infância, a imagem de ir no banco de trás do carro dos meus pais a ouvir o mítico "Palhaço" que se eternizou na voz deste nome incontornável do Fado. Nessa altura, alguma vez imaginava poder um dia entrevistá-lo? Estava até longe de saber aquilo que queria ser quando fosse grande.
Aconteceu a oportunidade de trocar algumas palavras com aquele que diz que "o Fado não é para quem quer, é para quem pode". Estava dominada pela responsabilidade que era conversar com o artista, contava apenas com uma, duas entrevistas na bagagem, tão pouco. É esta a aventura que voz trago hoje, que partilho convosco.
Silêncio, que se vai falar de fado.
Agradecimentos: José Manuel Barreto, Rádio Iplay, Rádio Voz de Alenquer
Margarida Gaspar
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